O Bispo Primaz da Igreja Cristã Nova Vida, pastor Walter McAlister publicou em seu blog um texto no qual questiona as doutrinas baseadas em “Palavra positiva”, “confissão positiva” e “profetizar vitória”.
O Bispo Primaz da Igreja Cristã Nova Vida, pastor Walter McAlister |
Questionando a ideia existente no “folclore e no imaginário coletivo”
de que “as palavras tem poder”, o líder cristão compara essa atribuição
de poder a palavras a filmes de terror, em que repetir o nome de
monstros e entidades demoníacas as faz aparecer.
“A impressão que tenho é
que temos atribuído às nossas palavras poderes invocatórios de toda
sorte.
Mas, até onde isso tem fundamento bíblico?”, afirma.
O pastor questiona ainda o entendimento popular de que o crente não
pode nem mesmo dizer que está doente, pois isso seria uma “confissão
negativa”.
Afirmando que não podemos transpor literalmente para o dia de
hoje exemplos de profecia, o pastor cita a passagem de Ezequiel no vale
de ossos secos, afirmando que tal profecia foi feita segundo uma
palavra que o próprio Deus o mandou dizer, e não por uma iniciativa
própria do profeta.
McAlister afirma que no Novo Testamento os cristãos são instruídos a
proclamar coisas diferentes das que aconteceram no Antigo Testamento e
que, segundo ele, só aconteceram uma vez na história.
“Mas, assim como
Moisés bateu na rocha, Abraão pisou o chão da Palestina, Davi lançou a
pedrinha que derrubou Golias, Elias chamou fogo do céu e Ezequiel
profetizou para ossos secos, nós também temos que ser fiéis ao que Deus
nos manda fazer, nada mais e nada menos.
Eu não bato em pedras, não
lanço pedrinhas, não piso em terra que quero possuir nem tampouco posso
chamar fogo do céu. Cada um desses casos aconteceu apenas uma vez na
Bíblia”, ressaltou.
Lembrando que as instruções do Novo Testamento são para que oremos,
pedindo ao Senhor da seara que mande obreiros, para que nos coloquemos a
pregar as boas-novas do Evangelho e para que venhamos a orar pelos
enfermos, o pastor destaca que orar não é declarar o que seja e lembra
que os discípulos nunca repetiram o ato de cuspir na lama e aplicá-la
aos olhos de cegos.
McAlister conclui afirmando que devemos sim ter cuidado com o que
falamos, porque seremos julgados por palavras, e porque as palavras
podem nos enredar.
Mas frisa que poder está na palavra de Deus e não na
nossa e diz que o que passa disso é uma espécie de “feitiçaria
pentecostal”.
Um comentário:
Muito bom. Macalister, gostaria de um dia tomar um chimarão e bater um papo contigo.(Rodrigo)
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