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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mulher tem língua cortada por marido e choca Afeganistão.

Esta semana uma jovem de apenas 20 anos, grávida de sete meses, teve a língua cortada pelo marido. 

Agressão ocorreu na casa do casal no vilarejo de Jangory, na região de Balkh, no norte do Afeganistão.
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    (Foto: AP / Anjum Naveed)  Uma refugiada afegã caminha em direção à sua casa em um bairro pobre em Islamabad, Paquistão, no domingo, 20 de junho de 2010. O representante da UNHCR do Mengesha Kebede do Paquistão, disse, com 1,7 milhões de refugiados do Afeganistão, o Paquistão continua a acolher a maior população de refugiados ao redor do mundo e que foi importante reconhecer essa generosidade na véspera do Dia Mundial do Refugiado.

Em coletiva realizada nesta quarta feira, a jovem que estava acompanhada por sua mãe, mesmo sem poder falar queria "mostrar sua repugnância" ao ocorrido. 

Segundo as autoridades, ela perdeu o bebê por causa do ataque, de acordo com a BBC.

Policiais identificaram Saleh como o agressor que estava casado com a vítima há 12 meses. 

Segundo a mãe da jovem, Saleh agrediu sua filha durante todo o período de casamento.

"Ele já chegou a incendiar o quarto dela, além de agredí-la por pelo menos três vezes. 

Os mais velhos, entretanto, diziam que se tratava de uma típica briga de casal e que não deveriam interferir", disse ela aos repórteres.

Mas a agressão da jovem, cujo nome não foi citado, não foi o único nos últimos dias. 

A agressão em Jangory é o episódio mais recente de uma série de incidentes de violência doméstica que vêm ocorrendo no Afeganistão.

Após ser vendida por 5 mil dólares pelo irmão, a garota Sarah Gul de 15 anos, foi torturada pelo marido e sua família que queriam obrigá-la a se prostituir. 

No início deste mês os agressores foram condenados a 10 anos de prisão.

Um estudo realizado pela fundação Thomson Reuters, divulgada em junho de 2011, revelou que o Afeganistão é o país mais perigoso para mulheres. 

A violência, os péssimos serviços de saúde e a pobroza levaram o país para o topo da lista.

Apesar da Constituição da era pós-Talibã promulgada no Afeganistão conferir direitos iguais a homens e mulheres, a ONU estima que a grande maioria das afegãs já foi submetida a algum tipo de violência doméstica.

A Rede de Mulheres Afegãs, uma organização nacional de ativistas feministas, reivindicaram ao governo uma proteção mais ampla às estudantes das escolas do país, após uma série de misteriosos envenenamentos, que teriam sido cometidos pelo Talibã.

Elas afirmaram estar preocupadas sobre o que poderia acontecer com as mulheres após a saída das tropas internacionais em 2014.

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