Uma brasileira decidiu trocar a sua primeira experiência sexual com um grande amor por leiloar a sua virgindade a alguém desconhecido, através de um documentário.
A ação vem causando grande polêmica internacional.
- (Foto: http://www.facebook.com/VirginsWanted)
Catarina, 20 anos, decidiu trancar sua faculdade de educação física para participar de um projeto de documentário "Virgins Wanted"
do diretor australiano Justin Sisely, que veio recrutando virgens por
mais de um ano.
A oferta dos lances chegou a 35 mil dólares australianos
(aproximadamente R$ 74,5 mil).
“Vejo isso como um negócio.
Tenho a
oportunidade de viajar, fazer parte de um filme e conseguir uma
gratificação com isso”, disse Catarina, que receberá 20 mil dólares
australianos (aproximadamente R$ 42,6 mil) e mais 90% do valor ofertado.
Siseley,
com seu documentário, está, entretanto, sofrendo críticas e ameças de
morte na Austrália, além de problemas com as leis relacionadas à
prostituição.
“Isso é prostituição?
Estou explorando as pessoas?”
disse ele.
“No filme, eu estou tentando mostrar um lado diferente do que
normalmente constitui a prostituição. (...)
Eu quero mostrar diferentes
valores da virgindade.”
O pastor Jaime Kemp, doutor em ministério da família que orienta a juventude brasileira, disse que se entristeceu com a notícia e chamou isso de “abuso”.
“É usar e abusar de uma menina”.
“Estamos usando e abusando de uma pessoa ou de um grupo de pessoas.
É triste!” disse ele ao CP.
Segundo Kemp, o projeto é uma promoção para ganhar dinheiro em cima de uma questão imoral.
“As mentes estão deturpadas.
Com certeza isso vai vender.
As pessoas tem curiosidade.
Isso se trata de dinheiro”.
Catarina
justifica sua decisão levantando outra questão da sociedade em que
muitas pessoas perdem a virgindade de uma maneira “barata”.
“Muita
gente encontra desconhecidos nos bares, transa na mesma noite e nem
lembra mais no outro dia; outros perdem a virgindade com namorados e
depois as coisas mudam.
Para mim, o mais importante na vida é não
prejudicar ninguém", declarou ela, que também recebe apoio de sua mãe.
Jaime Kemp responde dizendo que isso não justifica, pois “a virgindade é uma preciosidade”.
“Nada
justifica uma imoralidade.
Ela vai ter muita dificuldade no seu
casamento no futuro, seu marido vai saber disso.
Nada justifica está
contra a palavra de Deus”.
“A mãe está entregando a filha para a
prostituição.
Ela vai ser marcada com a vida.
Todos vão saber disso que
ela ganhou dinheiro.
A virgindade não tem preço”.
Jaime, que
afirma que a igreja evangélica está atrasada neste tema, diz que ora a
Deus pelos jovens brasileiros para que eles possam chegar às noites de
núpcias virgens.
Ele diz que procura ensiná-los usando o texto bíblico
de Cantares 4, onde se fala sobre “a preciosidade da vida sexual entre o
casal”.
Jaime cita números de uma pesquisa recente sobre a
juventude brasileira, onde 52% dos jovens criados na igreja evangélica
que tem tido alguma herança cristã, têm tido pelo menos uma relação
sexual ou estão ativos sexualmente, pré-nupcialmente.
Segundo ele,
essa é uma das razões pelas quais 40% dos casamentos são desfeitos no
Brasil, entre os incrédulos e também os que foram criados na igreja
evangélica.
Jaime diz que a igreja evangélica está acordando agora
com relação a abordagem do assunto pelos líderes e pastores, em que no
passado eles não falavam sobre sexo.
“Hoje há uma liberdade, honestidade em abrir esses assuntos para discutir abertamente com os jovens sobre o sexo.”
Foi por esta falta de abordagem nas igrejas que Jaime Kemp escreveu um livro sobre 20 consequências do sexo pré-nupcial.
Kemp
estará neste fim de semana orientando os casais brasileiros em Santa
Catarina e logo depois fará palestras para a juventudade para falar
sobre tais temas sobre a sexualidade.
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