No lugar de Osama bin Laden, Ayman Al Zawahiri diz que governo dos EUA está protegendo a Síria por temer que outro regime islâmico se levante na região |
O chefe do grupo terrorista Al Qaeda,
Ayman Al Zawahiri, pediu aos muçulmanos apoio aos rebeldes na Síria.
Em
vídeo gravado em 11 de setembro e divulgado nesta quinta-feira (13),
Zawahiri argumenta que a deposição do presidente Bashar Assad os
ajudaria a atingir o objetivo de derrotar Israel.
Para ele, o governo dos Estados Unidos
protege Assad por temer que outro regime islâmico se levante na região, o
que representaria uma ameaça ainda maior ao estado judaico.
“Dar apoio a
jihad na Síria para estabelecer um estado muçulmano é um passo básico
em direção a Jerusalém”, disse o terrorista.
O chefe da Al Qaeda desde a morte de
Osama bin Laden, no ano passado, criticou os governos da Turquia e do
Irã e ridicularizou o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud
Abbas, por procurar a paz com Israel.
Segundo ele, a ‘nação islâmica’
precisa focar em seu objetivo de ‘libertar a Palestina’.
Ele ainda destacou que, no Egito, a
Irmandade Muçulmana, principal força política do país e grupo ao qual
pertence o presidente Mohammed Mursi, está servindo a Israel.
“Eu apelo
aos honoráveis membros do exército egípcio, e existem muitos deles, para
não serem guardas das fronteiras de Israel e não defender seus limites
ou participar do cerco do nosso povo em Gaza”, disse.
Esforços internacionais.
O novo enviado da Organização das Nações
Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, que deu início a
sua primeira visita a Damasco nesta quinta-feira, considera que a crise
no país é grave e que está piorando com o passar do tempo, segundo
declarações citadas pela agência oficial síria Sana.
Histórico
Mais de 20.000 pessoas morreram na Síria
desde que teve início, em março de 2011, um levante contra o atual
presidente no marco da Primavera Árabe, uma onda de protesto que
derrubou os governos do Egito e da Tunísia, locais onde foram
estabelecidos governos islâmicos, o que aumentou a influência da
religião na região.
Fonte: Veja
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