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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Malafaia diz que homossexuais baianos são intolerantes.

Malafaia diz que homossexuais baianos são intolerantes
O pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo Silas Malafaia
O pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo Silas Malafaia disse que não está intimidado com as ameaças do Grupo Gay da Bahia (GGB). 

O grupo ameaçou que iria realizar um ato com homossexuais tirando a roupa em frente à Câmara Municipal de Salvador para impedir que o líder religioso receba título de cidadão soteropolitano.

“Eu não tenho medo deles e vou estar aí para receber meu título. 

 Estou só esperando as eleições passarem”, afirma. 

“Eu estou gostando dessa polêmica. 

Vai ficar provado quem são os verdadeiros intolerantes, quem é que não suporta crítica”, disse o pastor ao jornal baiano A Tarde.

Chamado pelos homossexuais de homofóbico, Malafaia nega e diz que os ativistas gays querem privilégios. 

“Não tenho preconceito contra homossexual, sou contra a prática. 

Você pode ser contra a prática evangélica e não ter preconceito contra as pessoas evangélicas. 

A comunidade gay é que é o grupo social mais intolerante da pós-modernidade. 

Eles querem ter direito de xingar e achincalhar, mas qualquer um que fale alguma coisa é logo tachado de homofóbico. 

Eu tenho uma opinião contrária e ela não pode ser cerceada”.

O líder religioso acredita que sua obra evangelística já um motivo para receber a honraria. 

“Estou há 30 anos na TV resgatando pessoas das drogas, da marginalidade. 

Eu fiz um dos maiores eventos públicos de Salvador. 

Devo receber o título em consideração a toda comunidade evangélica”, diz.

O deputado Jean Wyllys foi o primeiro a apoiar o GGB. 

A Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil também decidiu apoiar o grupo, se comprometendo a entrar com um requerimento junto à Câmara de Vereadores  por causa da falta de regimentalidade. 

Segundo eles, Silas Malafaia não teria prestado relevantes serviços à cidade.

O fundador do Grupo Gay da Bahia e mentor do protesto, Luiz Mott, disse estar decepcionado com  a falta de apoio dos “intelectuais de cabeça feita” convocados por ele, como Gilberto Gil, Preta Gil,  Ney Matogrosso, Marina Lima, entre outros.

Ainda de acordo com A Tarde, o vereador Heber Santana, autor do projeto que concede o título ao líder evangélico, classificou Malafaia como ” líder cultural” da comunidade evangélica, justificando com isso a concessão do tïtulo.

“O pastor Silas tem sido porta-voz de um modelo de sociedade que respeita a família e  a vida.  

Em 2009, ele organizou o evento Vida Vitoriosa que levou a palavra a várias pessoas”, argumenta o vereador.

Santana ressalta ainda que os evangélicos teriam uma atitude mais tolerante em relação à entrega de títulos honoríficos. 

“Alguns cidadãos gays já receberam títulos na Câmara e a bancada evangélica não gostou, mas não tentou impedir.”

Por Jussara Teixeira

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