O Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, apelou aos candidatos à prefeitura de São Paulo para que não usem as igrejas como “currais eleitorais”, durante um colóquio nesta nesta quinta-feira.
Cardeal Dom Odilo Scherer.
“Não
aprovamos que nossas igrejas sejam transformadas em currais eleitorais,
ou que também nossas comunidades religiosas imponham os votos aos
católicos”, afirmou.
O colóquio foi realizado na Arquidiocese de
São Paulo e contou com a presença de Gabriel Chalita (PMDB), Jose Serra
(PSDB), Soninha Francine (PPS) e Fernando Haddad (PT).
O candidato Celso
Russomano (PRB), entretanto, não compareceu à reunião.
A ausência
de Russomano se deu depois de uma tentativa de marcar uma reunião
particular com dom Odilo, antes do colóquio, mas o cardeal não aceitou.
Russomano queria explicar seu posicionamento diante das críticas
católicas ao chefe de campanha do partido, Marcos Pereira, que é também
bispo licenciado da Igreja Universal.
Odilo afirmou que considera
que “a manipulação e a instrumentação da religião em função da busca do
poder político não são um bem para sociedade e não são coerentes com os
princípios de liberdade de consciência e do legítimo pluralismo no
convívio dos cidadãos.”
"Esse papel, esse poder de fazer a
propaganda, de se mobilizar para fazer a mobilização de algum candidato
cabe especificamente aos fieis leigos, aos cristão leigos dentro da
igreja."
Polêmica entre igreja católica e Marcos Pereira.
A
igreja católica criticou na semana passada o bispo Marco Pereira, da
Igreja Universal, que é o coordenador da campanha do PRB, por ter
associado o conhecido “kit gay” à influência da igreja católica, em um
texto publicado no ano passado.
Marcos Pereira respondeu à
situação escrevendo em seu blog que tinha apenas manifestado a sua
liberdade de expressão e que respeita os direitos individuais de credo.
Ele disse ainda que lamenta que o exercício de pensamento tenha voltado à
tona de maneira indevida às vésperas da eleição para a prefeitura de
São Paulo.
tentamos um contato com o bispo para comentários sobre o assunto, mas a comunicação não foi possível.
O cardeal lamentou a ausência de Russomano na reunião mas disse que foi uma “escolha dele.”
"Foi uma pena ele não ter vindo, mas foi uma escolha… uma escolha dele", disse ele em conversa com o senador Eduardo Suplicy.
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