No aniversário do 11 de setembro, ateus fazem protesto.
Grupo ateu questiona Cruz no memorial do 11 de Setembro |
Onze anos após o ataque ao World Trade Center, o memorial e
um museu dedicado às vítimas do 11/9, que custou bilhões de dólares
ainda está pela metade.
E, apesar de uma disputa política entre o
prefeito de Nova York e do governador do Estado continuar atrasando sua
conclusão, uma batalha legal iniciada por um grupo ateu continua sendo o
centro das atenções.
O motivo é a tentativa do grupo American Atheists [Ateus Americanos]
de impedir que uma grande viga em forma de cruz encontrada nos destroços
de uma das Torres Gêmeas, e que se tornou um símbolo nacional nos dias
que seguiram os ataques de 2001, seja incluída no museu.
O argumento do grupo ateísta é que um símbolo religioso não deve ser
colocado em um memorial sustentado por fundos públicos.
A alegação é que
não se trata da eliminação da religião, mas da inclusão de todos os
membros da sociedade que professam outras crenças ou que não tem crença
alguma.
“É importante que ele não seja exibido para gerar a exclusão de todos
os outros”, disse David Silverman, presidente do American Atheists, que
abriu um processo em julho de 2011.
O National September 11 Memorial & Museum diz que incluiu a cruz,
porque ela “se tornou um ícone de esperança e conforto durante a
recuperação na sequência dos ataques de 11 de setembro de 2001″.
O caso ganhou atenção nacional e grupos religiosos conservadores,
como o Centro Americano pela Lei e Justiça citaram o episódio como um
exemplo do crescente sentimento anticristão e apresentaram um protesto
para apoiar sua exibição.
“Eu acho que as chances de um tribunal ordenar que a cruz seja
removida são literalmente zero”, disse Jeffrey Toobin, analista jurídico
da CNN.
“O museu não foi construído para o culto religioso.
Estão
preservando uma relíquia histórica que foi significativa para muitas
pessoas e faz parte da história de 9/11.”
A cruz de 17 metros foi descoberta por Frank Silecchia, um
trabalhador de construção civil que ajudou na limpeza e recuperação no
Marco Zero.
A cruz é parte de uma viga de aço em T, muito utilizada na
construção das torres do World Trade Center.
Silecchia e o padre Brian
Jordan, que ministrou a bombeiros e equipes de emergência no local do
ataque, começaram a pedir para a inclusão da cruz assim que foram
anunciadas a construção do memorial e do museu.
Silverman afirma que “O argumento de que este não é um símbolo
religioso é estúpido e arrogante.
Eles querem que o 11 de setembro
pareça ser um ataque ao cristianismo, e não foi.”
O padre Jordan
argumenta que a maioria das vítimas eram cristãos, evangélicos e
católicos.
Os responsáveis pelo museu não quiseram se pronunciar.
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