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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Filme Paradise Faith mostra devota católica se masturbando com crucifixo; Diretor polemiza: “Prefiro tumulto ao silêncio”.

Filme Paradise Faith mostra devota católica se masturbando com crucifixo; Diretor polemiza: “Prefiro tumulto ao silêncio”
O filme Paradise Faith (Paraíso da Fé, em tradução livre para o português)
O filme Paradise Faith (Paraíso da Fé, em tradução livre para o português) causou polêmica durante sua exibição na Mostra de Veneza, no último dia 31/08.

Concorrendo ao Leão de Ouro, premiação máxima da Mostra, o filme conta a história de uma devota católica que se empenha em converter todos os cidadãos da cidade em que vive, Viena, em cristãos.

Durante o filme, são mostradas cenas da personagem protagonista carregando um crucifixo pela cidade, rezando, andando de joelhos, usando cilício e se autoflagelando em frente à um crucifixo pendurado na parede.

A polêmica se deu pela cena em que a devota acaricia o crucifixo e passa a se masturbar com ele, em sua cama. 

Além dessa cena, são mostradas imagens do marido da devota, um egípcio muçulmano, desrespeitando os símbolos católicos ao jogá-los no chão.

Sobre a polêmica, o diretor do filme, o austríaco Ulrich Seidl afirmou que as críticas são bem vindas, mas que a produção retrata seu ponto de vista a respeito da “verdade” sobre pessoas religiosas: 

“Sempre que faço um filme, eu procuro uma maneira de mostrar a verdade, ou pelo menos a verdade como eu a vejo. 

Mas levo em conta que alguém pode não gostar de ver a realidade que estou retratando. 

Para a história da personagem no filme, é certo mostrar ela se masturbando com uma cruz, porque ela está tentando fazer amor com Jesus, procurando satisfazer seus próprios desejos. 

Só porque trata-se de um tabu não significa que não vou mostrar isso. 

Eu prefiro tumulto ao silêncio”, polemizou ainda mais, em entrevista ao The Hollywood Reporter.

O diretor ressalta ainda que a história do filme mostra uma personagem do filme que mergulhou tão fundo na religião que se esqueceu dos ensinamentos básicos de Jesus: 

“A protagonista não entende que a adoração cega por Cristo a converte em um ser inumano, incapaz de sentir amor e de comunicar a mais importante virtude cristã: amar ao próximo”.

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