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segunda-feira, 25 de março de 2013

Brasil tem mais de 200 aviões-robôs, conhecidos como drones, voando sem regras.

Os objetos são utilizados pelos EUA em ataques militares e, no Brasil, seu emprego é civil e militar.

O Brasil tem mais de 200 aviões-robôs voando sem regras pelo céu do país. 

Os drones são veículos aéreos não tripulados (vant, na sigla em português) e estão em operação para uso civil, comercial e militar

A palavra drones vem do inglês e significa zangão ou zumbido. 

O número foi obtido a partir de levantamento realizado por reportagem do portal G1 com fabricantes, importadores, empresas e órgãos de governos estaduais.
  • Predator/EUA
    (Foto: Reuters)
    Predator é um vant de guerra desenvolvido e utilizado pelos Estados Unidos

Os veículos não tripulados desempenham funções com maior eficiência, segurança e alcance, reduzindo custos. 

Seu uso civil no futuro pode abarcar tarefas como entregar produtos, regar o gramado, acompanhar crianças até a escola ou guiar turistas pela cidade.

Os drones têm formatos e tamanhos variados; são controlados remotamente; e garantem a independência de alguns serviços de aviões e helicópteros tripulados, com o constante aprimoramento do uso de câmeras, filmadores, sensores de raio-x, entre outros.

Nos Estados Unidos, os aviões-robôs foram utilizados militarmente para destruir alvos no Oriente Médio e acabaram, consequentemente, matando muitas pessoas. 

Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) temem que mais países passem a utilizar os drones como arma, aumentando assim, as mortes à distância.

Estudantes e apaixonados por tecnologia fazem uso da novidade para desenvolver modelos artesanais, aproveitando processadores, baterias e componentes retirados de smartphones e outros equipamentos eletrônicos.

Os vants já estão sendo usados em alguns países para inspeção de linhas de transmissão, de rodovias ou grandes obras, transmitindo imagens em tempo real. 

Neste caso, são utilizados modelos pequenos, que sobrevoam centenas de quilômetros, bem próximos aos cabos da rede, identificando fios rompidos, ocupações irregulares e outros problemas. 

As informações enviadas para a central são precisas e o serviço de manutenção é acelerado. 

No Brasil, algumas empresas já estão começando a testá-lo no lugar de helicópteros para esses fins.

Outra importância é o estudo aéreo de terrenos, para cartografia, geografia e topografia, bem como serviços de filmagem para engenharia, mineração e indústria cinematográfica. 

Governos aproveitam a novidade nas áreas de segurança e na prevenção de desastres.

O objeto pode ser utilizado ainda na agricultura para monitorar lavouras e por policias auxiliando nas investigações.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não tem ainda regras necessárias para a operação e certificação dos drones civis. 

A instituição reconhece a importância do uso tanto para indústria como para a sociedade, mas afirma que “devido aos novos desafios e características associadas ao voo remoto, são necessárias adequações na regulamentação deste tipo de aeronave para garantir níveis de segurança”.

O Brasil conta com 15 das 44 indústrias de drones na América Latina e reúne ao menos outras cinco empresas desenvolvendo sistemas, segundo a Associação Internacional de Veículos Não Tripulados (AUVSI) e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

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