Em questão de dias, mundo vê duas versões antagônicas do famoso escritor.
Richard Dawkins, autor de “Deus: um Delírio”, |
Durante
um discurso na Universidade de Charleston, na Carolina do Sul, em 9 de
março, o famoso ateu Richard Dawkins, autor de “Deus: um Delírio”, fez
um declaração surpreendente.
“Eu acho que sou um cristão… um
cristão cultural”, disse ele, explicando que vê a si mesmo como alguém
que cresceu em uma cultura cristã e por isso absorveu seus ensinamentos,
algo parecido com o que sentem os judeus não religiosos.
Isso não o faz
desistir de rejeitar a religião como um todo.
Durante seu
discurso, voltou a provocar os evangélicos, que são maioria nos Estados
Unidos, especialmente na região sul.
“Tentar provar sua crença sobre a
origem do universo, a origem da vida, a natureza da vida, etc…, é algo
claramente ridículo.
Não vejo vantagens em se reunir uma vez por semana e
cantar juntos ou algo assim, mas o fato de se ter uma comunidade traz
vantagens, algo que certamente não precisa incluir crenças fundamentais
sobre o cosmos”.
Dawkins também falou sobre seu recente debate na
Universidade de Cambridge, onde enfrentou Rowan Williams, o ex-arcebispo
de Canterbury.
A equipe do ateu perdeu a votação dos presentes sobre a
religião não ter mais lugar na sociedade moderna.
Embora
reverenciado pela grande maioria dos ateus de todo o mundo, Dawkins
disse não acreditar que céticos e agnósticos precisem de nada que lembre
uma congregação ou uma igreja.
Trata-se de uma clara provocação à
proposta da Assembleia de Domingo, considerada a primeira igreja para
ateus do mundo.
Ela foi inaugurada na Inglaterra, terra de Dawkins mês
passado.
Curiosamente poucos dias depois de afirmar ser cristão
(ainda que cultural), foi ao ar nos EUA um episódio da série Os Simpsons
onde o personagem Ned Flanders imagina o inferno.
Ao chegar lá, ele se
depara com um diabo gigante que faz um “ensopado de católicos.”
O
rosto do demônio-mor é justamente o de Richard Dawkins.
Um outro
demônio, diz a Ned:
“Adoramos o famoso ateu Richard Dawkins”.
O biólogo
britânico disse que gostou dessa “homenagem” e aproveitou para
agradecer seus amigos que trabalham na produção de Os Simpsons.
Com informações de Christian Post e The Guardian.
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