A
família de um cabeleireiro do Maranhão decidiu pela adoção de seis
irmãos, após tomar conhecimento de que eles poderiam ser separados.
Os
irmãos seriam encaminhados para instituições da capital São Luís, onde
cada um poderia ser adotado por uma família diferente.
O casal, que não
tinha filhos, ganhou a guarda das seis crianças em dezembro.
- (Foto:Reprodução/TV Mirante)
As
crianças estavam na Casa de Passagem de Açailândia, interior do
Maranhão, há três anos.
O cabeleireiro Ivaldo Aires ficou sabendo da
realidade das crianças por intermédio de uma funcionária da instituição.
Em novembro, ele entrou em contato e em dezembro ganhou a guarda dos
seis irmãos, já oficializada pela justiça.
As crianças tem quatro a
dezesseis anos.
"Quando eu soube que eles iam ser separados, eu
fiquei pensando no caso do meu pai juntamente conosco.
Meu pai não tinha
aquela condição financeira de nos dar tudo aquilo que nós queríamos,
mas só nós estarmos ao lado do nosso pai, para nós, era a maior
felicidade’, justificou Ivaldo sua atitude para o ‘G1’.
A esposa,
que ainda não era mãe, concordou com o gesto e a decisão do esposo.
“Graças a Deus, eu gosto deles como filhos meus.
É uma coisa incrível
que eu não sei como contar, só Jesus mesmo que sabe fazer tudo certinho.
Nós queremos dar o melhor para eles.
O que vem de Deus, Deus nos dá
para nós passar para eles”, disse Marilene.
A Casa de Passagem
informou que as crianças foram deixadas pela mãe biológica, após a morte
do esposo e pai dos irmãos, pois não teria condições de manter os
filhos.
“Eu tenho eles como filhos. Jamais pode considerar eles sem pai
porque eles têm pai agora.
Tudo aquilo que a gente faz com amor, Deus
honra.
E Deus tem me honrado grandemente”, finalizou Ivaldo.
Em
2008, foi criado no Brasil, o Cadastro Nacional de Adoção.
O cadastro é
composto por informações de crianças e adolescentes aptos para adoção e
famílias autorizadas para receber um filho adotivo.
Dados do Conselho
Nacional de Justiça mostravam cinco mil crianças aproximadamente aptas
para adoção.
Estatísticas mostram que nos abrigos havia 30 mil crianças
na época, mas o número pode ser bem maior.
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