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quinta-feira, 21 de março de 2013

Governo britânico deve permitir bebê com DNA de três pessoas.


O Reino Unido deve se tornar o primeiro país a permitir a fertilização in vitro de bebês com herança genética de três pessoas. 

A técnica é recomendada para prevenir doenças que têm origem em defeitos no DNA mitocondrial – material genético distinto do que existe no núcleo da célula, e que fica na organela responsável pela respiração celular. 

De acordo com nota da Autoridade Britânica para Fertilização e Embriologia Humanas (HFEA, na sigla em inglês), o governo do Reino Unido foi informado de que não há evidências contra a segurança da técnica.

A tecnologia ainda não está disponível para ser aplicada em clínicas privadas, mas pesquisadores americanos e britânicos estão perto de torná-la disponível. 

Porém, para a entidade os benefícios superam os riscos. 

Uma em cada 6.500 crianças nascem com anomalias nas mitocôndrias que, em geral, são fatais ou levam a doenças como diabetes, cegueira, demência, desordens oculares ou gastrointestinais, assim como doenças cardiovasculares e neurológicas.

A HFEA, no entanto, ressaltou que as mudanças na legislação devem se limitar à manipulação genética da mitocôndria e apenas com indicação de impedir o desenvolvimento de doenças graves. 

No pronunciamento da entidade, a modificação do DNA do núcleo – que corresponde a cerca de 99% de todo o DNA do corpo – deve continuar proibida. 

Outra recomendação é a de que crianças que vierem a nascer com esta técnica devam ser monitoradas com atenção mais próxima. 

Por fim, a entidade recomenda que o doadora do DNA mitocondrial seja considerada uma mera doadora de tecidos e não uma segunda mãe.

No Brasil, são igualmente proibidas as práticas de engenharia genética, de acordo com a Lei de Biossegurança, de 2005, quando a técnica sequer existia.


Fonte: O Globo

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