O
incômodo devido ao volume do som de uma igreja provocou um tumulto que
acabou com agressões e tiros numa igreja evangélica em Sumaré, interior
de São Paulo.
Os agressores, que não tiveram os nomes revelados, são pai e filho, e
moram vizinhos ao templo.
Segundo a Polícia Militar, eles se
incomodaram com o barulho do culto e resolveram tirar satisfações.
Na porta da Igreja Assembleia de Deus Ministério Gerizim, os dois
homens deram socos e tapas num pastor convidado, que havia ido à cidade
apenas para a ministração da noite de sábado, 23 de março.
O pastor Alessandro Ricardo Pereira Godoy (foto), titular da igreja, e
outras trinta pessoas estavam no local quando o tumulto começou, por
volta das 21h00.
Godoy revelou ao G1 que o pastor convidado estava
falando ao celular na calçada quando foi agredido.
Após a confusão, um dos suspeitos voltou para sua casa e pegou uma
arma de fogo, invadindo o templo.
Já no interior da igreja, apontou a
arma para o pastor titular e ameaçou atirar.
Godoy correu e se escondeu
no banheiro, o que levou os dois agressores a agredirem um jovem de 16
anos, que é músico.
Uma das fiéis tentou separar a confusão, e foi empurrada por um dos
suspeitos, enquanto o segundo atirou à queima roupa no braço do rapaz.
Socorrido, o jovem está internado no Hospital Estadual de Sumaré e não
corre risco de morte.
“Foi muita crueldade.
Tentou matar um menino de 16
anos.
Tentei separar, mas eles me jogaram do altar”, relatou a fiel que
tentou separar a confusão.
Insatisfeito, o suspeito foi procurar o pastor no banheiro, e como
não conseguiu abrir a porta, deu um tiro na fechadura, além de disparar
contra o banheiro feminino e o teto da igreja.
O pastor conseguiu fugir,
e ao saírem da igreja, os agressores foram presos em flagrante pela
Polícia Militar.
Na delegacia, a Polícia Civil registrou o caso como
tentativa de homicídio.
O pastor Godoy no entanto, afirmou que a igreja não deverá continuar
no mesmo lugar:
“Estamos fechando a igreja, vamos nos mudar, não temos
condições de ficar aqui.
Nós não sabemos o que vai acontecer, se eles
conseguirem sair da delegacia podem vir aqui e matar todo mundo, nós não
queremos morrer”, afirmou, lamentando o incidente.
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