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segunda-feira, 25 de março de 2013

Brasileiros querem uma Igreja mais liberal, aponta pesquisa.

Datafolha mostra como pensam os cristãos do país.

Brasileiros querem uma Igreja mais liberal, aponta pesquisa
Brasileiros querem uma Igreja mais liberal
O Instituto Datafolha, conhecido por suas pesquisas eleitorais, fez um levantamento nacional, em 166 municípios, entre 20 e 21 de março, sobre questões ligadas à religião.

Entre os entrevistados,  58% disseram ser católicos e 21% são evangélicos, percentuais similares aos dados do IBGE divulgados em 2010. 

A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A eleição de Francisco como novo papa foi considerada “ótima” ou “boa” por 74% dos entrevistados. 

“Regular” por 9%. 

Apenas 2% acharam “ruim” ou “péssima”.

Mesmo assim, boa parte dos brasileiros, incluindo os católicos, acreditam que a igreja precisa mudar muitas de suas posições tradicionais. 

Isso afetaria a vida de pessoas no mundo todo.

A principal divergência é sobre o uso de métodos artificiais de contracepção. 

Cerca de 83% dos entrevistados acredita que a Igreja católica deveria aprovar o uso de preservativos. 

Em relação aos anticoncepcionais, 77% acreditam que deveriam ser “liberados” pelo papa. 

 Sessenta e um por cento dos brasileiros dizem ser favoráveis a ao uso  da chamada “pílula do dia seguinte”, método contra a gravidez considerado abortivo pela igreja.

Desde 1968, a Igreja Católica afirma considerar todos os métodos artificiais de contracepção como “intrinsecamente maus”. 

Contudo, afirma que os métodos naturais são moralmente permissíveis.

Bento 16 declarou, em 2010, que o uso de camisinha, em certos casos, seria uma espécie de mal menor. 

Como, por exemplo, para evitar o HIV/AIDS. 

Mesmo assim, o Vaticano esclareceu que sua posição doutrinária não mudou.

Por outro lado, a maioria das pessoas acha que o novo papa deveria permitir o divórcio (58%), a ordenação de mulheres para rezar missas (58%) e dar fim ao celibato dos padres (56%).

Em questões como aborto e casamento gay a maior parte dos brasileiros concorda com a orientação católica. 

Respectivamente, 54% e 57%, acreditam que a igreja deve continuar se posicionando contrária a essas práticas.

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