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segunda-feira, 25 de março de 2013

Número de igrejas cristãs no Iraque cai drasticamente em dez anos.

Em 2003, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, havia 300 igrejas e 1,4 milhão de cristãos no Iraque

Entretanto, atualmente, dez anos depois, somente 57 igrejas e cerca de meio milhão de fiéis sobrevivem a ataques islâmicos, segundo William Warda, da Organização de Direitos Humanos Hammurabi.
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    (Foto: AP Images Kadim / Karim)
    Nesta foto de arquivo, os Cristãos iraquianos oram durante uma missa na Igreja Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá, no Iraque, no domingo 28 de novembro de 2010. Iraque prendeu pelo menos 12 supostos insurgentes da Al-Qaeda que se acredita estarem por trás de um cerco mortal na Igreja de Bagdá há um mês.
De acordo com o jornal Asharg Al-Awsat, desde o início da guerra, as igrejas cristãs têm sofrido ataques de extremistas, com ofensivas com uso de bombas, mortes, tortura e conversão forçada para o islã que contribuem com a queda do número de cristãos no país.

Warda explica que "os últimos dez anos têm sido o pior para os cristãos iraquianos porque testemunhou o maior êxodo e migração na história do Iraque”. 

A maioria dos cristãos teve de abandonar suas casas e procurar abrigo fora do país para tentar reconstruir suas vidas.

Os cristãos foram, durante todos esses anos, alvos de ataques da Al-Qaeda, além de ficarem no fogo cruzado dos conflitos entre os curdos e os xiitas e sunitas. 

“Os grandes blocos, infelizmente, têm trabalhado para confiscar decisões políticas no país após a mudança, e as mudanças trazidas pelos americanos não dependem do tamanho, mas da capacidade”, disse o político cristão Youkhanna Kanna.

Kanna afirma que os cristãos no Iraque “são os principais construtores da região em todos os níveis. 

Eles, sem dúvida, desempenharam um significante papel no Iraque atual, mas o que aconteceu após a mudança foi que o sistema de cotas sectárias e étnicas permitiram blocos de grande porte a monopolizar decisões políticas”.

Os Estados Unidos devem “racionalizar a sua política para lidar com o fracasso dos governos dos governos para proteger os cristãos e outras minorias e para garantir a aprovação de leis especiais para impedir a impunidade após incidentes de motivação religiosa”, afirma a Aliança Evangélica Mundial.

Mais de 95% da população do Iraque é muçulmana, sendo que 65% são xiitas e o restante é sunita. 

A política iraquiana foi, durante muito tempo, dominada pelos sunitas até a queda de Saddam Hussein, em 2003.

O Cristianismo chegou no Iraque através de São Tomé sendo um dos primeiros lugares do mundo onde o evangelho chegou e ainda persiste apesar das dificuldades.

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