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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia .

Escândalos na Austrália geraram investigação do governo.

Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia
Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia
O Cardeal George Pell, da Arquidiocese de Sydney, é a autoridade máxima da Igreja Católica na Austrália. 

Ele deu uma entrevista nesta terça-feira onde defendeu os padres das acusações de abuso sexual a crianças. 

George acredita que imprensa está fazendo uma “campanha” contra os católicos no país, divulgando fatos “exagerados”. 

Empunhando um volumoso dossiê, o religioso quer ter uma oportunidade de provar que não tentou encobrir casos de pedofilia envolvendo padres australianos. 

“A Igreja Católica se esforça para apurar os casos e considera importante a investigação da polícia. 

Ficará provado que as denúncias são exageradas. 

Há uma campanha persistente da imprensa para atacar a Igreja nesse caso. 

Uma pergunta a ser feita é se é positivo para as vítimas esse furor da imprensa. 

A busca por justiça é um direito de todos. 

Estou pronto para cooperar totalmente. 

É uma grande oportunidade de ajudar as vítimas e desfazer exageros, separando fatos da ficção”, declarou.

Sua reação veio após a polícia divulgar denúncias de abuso sexual de menores em uma escola católica em Sydney. 

Com isso, a premiê australiana Julia Gillard anunciar a formação de uma comissão especial para investigar a pedofilia cometida por religiosos no país.

A principal acusação contra a Igreja Católica em várias partes do mundo é justamente a falta de punição. 

Os líderes abafam os casos e acabam deixando os abusadores livres da Justiça comum. 

 Um estudo nacional encomendado pela Conferência Americana de Bispos Católicos à Universidade John Jay de Justiça Criminal, nos EUA alguns anos atrás, mostrou que dos 4.392 padres acusados, apenas 14,1% foram denunciados à polícia. 

O resto das acusações ficou dentro das dioceses, acobertado por líderes como o cardeal Bernard Law. 

As informações são do portal Terra.

Em março de 2010, o Papa Bento XVI divulgou uma carta pastoral condenando a pedofilia, algo que já era condenada pela doutrina católica. 

No documento, o Papa, mesmo tendo sido acusado de encobrir vários casos de padres pedófilos no passado, expressou a sua profunda “vergonha” pelos crimes de pedofilia cometidos pelos clérigos católicos, “pediu desculpa às vítimas” e disse ainda “que os culpados devem responder “diante de Deus e dos tribunais””.

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