O pastor é destaque nas páginas amarelas da revista Veja desta semana.
Ninguém sabe o que acontece quando morremos, diz Rob Bell |
Polêmico por afirmar que o inferno não existe, o pastor Rob
Bell é destaque na revista Veja desta semana explicando seu desligamento
da mega-igreja Mars Hill Church e falando sobre suas experiências como
líder religioso.
O livro “O Amor Vence”, onde Bell questiona que Deus não deixará que
ninguém vá para o inferno, está sendo lançado no Brasil pela Editora
Sextante depois de causar muitas críticas nos Estados Unidos e depois de
vender milhares de exemplares.
“Acredito em céu e inferno como dimensões da nossa existência aqui e
agora.
E acredito que céu e inferno são realidades que se estendem para a
dimensão para a qual vamos ao morrer, mas aí já entramos no campo da
pura especulação”, diz o pastor americano.
Nesta entrevista Bell confessa ser adepto do universalismo,
acreditando que todas as pessoas serão salvas no final.
“Para mim é
incompreensível um cristão que não considera a salvação universal como a
melhor saída, a melhor história. Para mim, acreditar nisso é um dever
de qualquer pessoa boa”.
Desde que desistiu de pastorear uma igreja, Rob Bell e sua família
vivem na Califórnia, mas ele tem viajado pelo mundo falando sobre seu
livro e ministrando.
Nesta entrevista ele conta que muitas vezes é
recebido por protestos feitos por outros cristãos que criticam suas
ideias sobre um assunto tão importante para o cristianismo que é a
salvação através de Cristo.
“Acho que o problema de muitas igrejas é que elas falam com extrema
autoridade sobre aquilo que todos nós, elas inclusive, desconhecemos”.
Questionado pelo repórter da Veja se Hitler estaria salvo, levando em
consideração de que Deus ama a todos e que as levará ao paraíso, Rob
Bell prefere não dizer se ele se reconciliou com Deus ou não.
“Hitler parece ter sido alguém inclinado à criação de imensos
infernos para si mesmo e para os outros.
Minha suposição é que Deus lhe
deu o que ele queria.
Acho que é o único modo de analisar esse caso à
luz da destruição que Hitler causou.
Qualquer reconciliação ou perdão,
nesse caso, está além da minha compreensão”.
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