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domingo, 25 de novembro de 2012

Quantas vezes o homem morre?

A apologética Kardecista vive tentando fugir de evidência Bíblica contra o raciocínio reencarnacionista
Dentro da cosmovisão teológica cristã, o texto mais contundente encontra-se em Hebreus 9.27 que arvora:

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo”

Diante de um texto tão destrutivo ao pensamento espírita, argumenta os apologistas do espiritismo:

“A passagem de Hebreus 9.27 é citada inúmeras vezes, como argumento contra a Reencarnação… No Novo Testamento é narrada a ressurreição da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim e de Lázaro. Se de fato houve essas ressurreições, vale dizer que Eles morreram DUAS vezes! E aí, como ficamos diante da afirmativa citada?”
*

Quais sãos os problemas que precisamos responder então?

1°) – Como fica o caso das pessoas na Bíblia que morreram e ressuscitaram pela intervenção de um milagre? 

Afinal de contas ao morrerem, elas morreram duas vezes?

2°) – E as pessoas que morreram e ressuscitaram, foram julgadas duas vezes? 

A lógica aqui é – se ao morrer eu sou julgado, como fica então os que morreram duas vezes – eles tiveram dois julgamentos?

“… ordenado morrerem …”

Donald Guthrie argumenta que: 

“O texto explicita que a morte em si é inevitável (é isso que o autor de Hebreus quer salientar). Ninguém está isento dessa experiência “debaixo do sol”. A diferença entre a morte de Cristo e todos os demais indivíduos é que a de Cristo foi voluntário (João 10.18), ao passo que para todos os demais seres humanos ela é ordena (apokeitai) – Armazenada para eles” – (isso por causa do “salário do pecado” – Rm 3.23). 

Cabe aqui salientar a observação relevante feita por Guthrie sobre a palavra “ordenada” .

No grego ”apokeitai” significaarmazenada para eles. 

Esse contexto não corrobora com a interpretação de que o homem não poderia morrer e ressuscitar pela intervenção Divina (Ou mesmo pelo uso de um desfibrilador). 

O que vemos no conjunto textual do original grego é que a morte não é simplesmente “ordena ao homem”, mas “ARMAZENADA PARA O HOMEM”.

“…uma só vez…”

Aqui se encontra a parte do versículo mais problemática, pois a apologética kardecista alega que as pessoas que ressuscitaram e voltaram a morrer teriam morrido duas vezes – enquanto o texto fala que o homem deve morrer uma só vez.

Guthrie comenta o seguinte: “ao fazer a comparação entre todos os homens e Cristo, o escritor começa com um fator comum: 

Ele morreu uma só vez, consideração esta que é repetida mais de uma vez. 

O que há de mais relevante nesta declaração é que a morte agora é declarada no passivo, tendo-se oferecido…”

Jesus se ofereceu uma única vez para redimir os homens da morte. 

O contraste do texto é para frisar esse fato – Jesus se ofereceu uma vez para libertar o homem da morte. 

O texto mostra que a morte quando efetivada, se não acontecer nenhum milagre da parte de Deus, é o caminho que todos devem passar, vindo depois disso o juízo de Deus.

Quanto aos milagres de ressurreição, eles foram feitos pelo poder e vontade exclusiva de Deus – ou seja – Ele interferiu na morte de alguém, dando àquele indivíduo mais tempo de vida. 

Claro, mas todos os que ressuscitaram no VT e no NT voltaram a morrer – cumprindo o designo humano e o texto de Hebreus 9.27 - ” E, como aos homens está armazenado (ou guardado) morrerem uma só vez, vindo depois o juízo “.

Outro fato interessante de notarmos é a doutrina Escatológica. 

Ela mostra que nem todos irão preceder aos que morrem, mas muitos não experimentarão a morte, sendo arrebatados para a glória de Deus (I Ts 4.15). Isso explicita que o texto bíblico de Hebreus tem duas exceções: 

No caso de pessoas que morreram e foram ressuscitadas e o caso do arrebatamento da Igreja – Mas em nenhum dos dois casos de exceção existe brecha para a doutrina reencarnacionista.

“…vindo depois o juízo”.
As palavras “vindo depois o juízo” não visam dar a entender que o julgamento ocorre imediatamente após a morte, mas que o julgamento deve ser esperado subsequentemente à morte. 

O juízo aqui (krisis) aludido é o juízo final. 

Esse juízo não será aplicado a um conjunto de vidas, mas a uma única vida – a uma única existência (por isso a importância de aproveitarmos para chegar-nos a Deus no dia de hoje – Hb 3).

Conclusão:

Toda pessoa que morre fisicamente, sabe que não voltará a viver aqui novamente como afirmam os adeptos do espiritismo. 

A Bíblia é categórica nesse sentido e afirma que ninguém viverá por duas, três ou mais vezes, mas só uma única vez. 

Não há reencarnação, ninguém após a morte volta a viver nesse mundo outra vez em outro corpo qualquer.

A vida que Deus deu ao homem é para ser desfruta neste mundo apenas uma vez. 

Não se pode confundir ressurreição com reencarnação. 

Os mortos podem ressuscitar, mas não se reencarnar em outro corpo. 

Deus deu uma palavra, e ela será mantida:

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9.27).

Nossa vida é única e intransferível diante de Deus. 

Somos responsáveis diretos por todas as decisões e atitudes que tomamos.

Se a reencarnação fosse verdade, não teria sentido Jesus ter narrado a história do rico e do Lazaro. 

A Bíblia não teria sentido, a própria vida não teria sentido.

A Bíblia fala de ressurreição, e não de reencarnação. 

O conselho prático seria aceitarmos a revelação de Deus na bíblia para nossas vidas e negarmos o engodo da reencarnação.

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