Até
o final do mês, o futuro secretário de Desenvolvimento Social do Rio de
Janeiro, Adilson Pires, vai apresentar o projeto que prevê bolsa de R$
350 a R$ 900 para famílias de menores viciados em crack, conforme
antecipou a coluna Informe do Dia nesta quinta-feira (15).
Apesar do programa está em fase de estudo, especialista acredita que a verba pode ser aplicada de maneira errada pelos parentes.
“A bolsa pode combater a pobreza das
famílias que possuem menores viciados, mas não é incisiva no controle
pela dependência química.
O foco deve ser na saúde pública, pois dar
dinheiro a parentes não significa que os menores deixem o crack”,
observa Paulo Jorge Ribeiro, antropólogo e professor da PUC-RJ.
Para Adilson Pires, a medida é crucial
no tratamento dos menores.
“A família precisa estar perto e deve ter
responsabilidade sobre o viciado.
Tirar o usuário da rua é tarefa nossa,
mas o menor não pode viver no abrigo para sempre”, defende.
Atualmente, a Secretaria de Assistência
Social possui 123 menores abrigados em 54 unidades da cidade.
Na próxima
quinta-feira (22), Pires vai se reunir com membros de apoio aos
dependentes químicos para discutir detalhes do projeto.
Um dos principais desafios é o destino
dos menores que não possuem familiares na cidade.
“Vamos ter que pensar
em outra saída se nenhum membro da família for encontrado”.
Avenida Brasil sem cracolândia
Viaturas da PM deram lugar às
cracolândias na Avenida Brasil, próximo ao acesso à Ilha do Governador e
Parque União.
Na tarde desta quinta-feira (15), poucos usuários foram
vistos perambulando pela via.
Na quarta-feira (14), operação da
Secretaria de Assistência Social recolheu 25 adultos e um adolescente
ali.
Em uma semana, foram 290 acolhimentos, sendo 266 adultos e 24
jovens.
O 22º BPM (Maré) vai permanecer com as viaturas baseadas na
região.
Fonte: O Dia
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