Uma nova igreja inclusiva foi aberta há seis meses em Cabo Frio, na
região dos lagos no Rio de Janeiro, e de acordo com um dos pastores da
denominação, a congregação que aceita as práticas homossexuais é fruto
de uma profecia divina.
A filial do Ministério Incluir em Cristo – que possui congregações em
mais de 40 países – segue o formato das demais denominações adeptas da
teologia inclusiva.
O pastor auxiliar Alessandro Brittes diz que durante
um culto numa igreja tradicional, uma pessoa profetizou que ele
trabalharia com um rebanho de “pessoas diferentes”.
“Por duas vezes eu estava em igreja evangélica em Duque de Caxias e
fui surpreendido por revelações que diziam que eu iria para uma região
de muitas águas e que o meu rebanho seria de pessoas diferentes,
distantes do entendimento da própria pessoa que Deus usou para falar
comigo.
Daí eu vim para Cabo Frio para passear, me apaixonei pela cidade
e decidi morar aqui, mas sem nenhuma pretensão de abrir igreja”, conta
Alessandro.
O pastor titular da denominação, Alexandre Costa, revela que seu
contato com a teologia inclusiva não foi tão amigável inicialmente:
“Passei a minha adolescência na igreja metodista e presenciei a exclusão
de homossexuais.
Isso me fez perceber que eu também não seria aceito
naquele lugar.
Daí eu saí dessa igreja e conheci um pastor de uma igreja
tradicional que me apresentou a teologia inclusiva.
Não aceitei a nova
ideia de imediato porque era tudo desconhecido, mas com base em estudos,
eu notei a presença de Deus e entrei para uma igreja no Rio de
Janeiro”, afirmou ao G1.
Segundo ele, por ser adepta da teologia inclusiva, a igreja Incluir
em Cristo tem sido perseguida:
“Antes mesmo de ter a igreja, alguns
pastores da região estiveram na Câmara Municipal para nos criticar e que
usaria a influência política para impedir o nosso trabalho.
O
preconceito ainda existe, as opiniões contrárias também, mas
conquistamos o preconceito de outros líderes religiosos ainda que eles
não concordem com a nossa visão”, disse Alexandre Costa.
De acordo com Costa, a igreja ainda não atraiu muitos fiéis pois fora
dos grandes centros, o preconceito é mais evidente:
“As pessoas ainda
têm medo de sofrer preconceito ao dizer frequenta a nossa igreja porque a
homofobia no interior é maior.
Por isso, muitos acompanham o nosso
trabalho pelas mídias sociais, ou por telefone, além dos que vêm aqui.
A
média de frequentadores é de 20 pessoas, e nem todas são homossexuais”,
ressaltou.
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