Foi
o apóstolo Paulo quem usou essa figura com relação à igreja, em I
Coríntios. 3:5-9
(“Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de
Deus…
Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus…”).
Nessa
passagem ele quis dizer que a igreja é fruto da semeadura da Palavra, e
esse é um trabalho de equipe – uns anunciam, outros ministram, outros
cuidam, ensinam e edificam, enfim todos são trabalhadores na tarefa da
evangelização.
Cada um de nós é uma nova planta dessa lavoura, resultado
da obra de evangelistas, pastores ou simplesmente de servos de Deus do
passado e do presente.
Mas foi Jesus quem primeiro explicou o
processo da semeadura.
Na parábola do semeador (Mateus 13), ele nos
ensinou que a igreja tem o dever de semear a Palavra em todos os
corações, sem nenhuma preocupação com escolha de lugar, hora e
público-alvo.
Nem todos aceitarão e receberão a mensagem – o próprio
Cristo reconheceu que existem corações duros, solos pedregosos e muitos
obstáculos espinhosos para que a semente germine, se desenvolva e
produza frutos.
Humanamente falando, existem grandes possibilidades de
insucesso na evangelização, mas a obra da salvação, do convencimento do
pecado, não é humana – é obra do Espírito Santo.
É Ele quem vocaciona,
envia, direciona e completa a obra em cada coração.
Portanto não há que
se falar em sucesso ou insucesso, quem dá o crescimento (tanto numérico
como espiritual) é o Deus, o Senhor da Seara.
A figura da lavoura
também está presente em João 15, quando Jesus nos diz:
“Eu sou a Videira
Verdadeira, meu Pai é o Agricultor”.
Nós somos apenas os ramos e,
portanto, inteiramente dependentes do tronco, que é Cristo.
Jesus é o
Cabeça da igreja, tudo procede dEle, por Ele e para Ele.
Dele vem nosso
sustento.
Ele é o centro da igreja.
Se estivermos ligados nEle, seremos
alimentados e produziremos frutos.
Quando e se não produzirmos frutos,
seremos disciplinados, purificados, podados e tratados para que a
lavoura produza mais.
Isso nem sempre é agradável para nós, mas devemos
entender que a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita”.
Lavoura
nos remete a trabalho árduo, mas também à colheita e à recompensa.
Uns
plantam, outros colhem, mas o fruto não pertence ao homem, e sim ao
Reino de Deus.
O Senhor não está só interessando em quantidade, mas
também em qualidade.
O crescimento da igreja deve ser horizontal e
vertical ao mesmo tempo.
Assim, a igreja local deve crescer em número,
em santidade, em maturidade, em graça, amor e comunhão.
Desta forma,
somos lavoura e sementeira, mas também semeadores e, um dia, receberemos
o nosso galardão das mãos do Supremo Agricultor.
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