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terça-feira, 14 de maio de 2013

Islã: O horror sem limites na Síria.

O horror sem limites na Síria: líder “rebelde” arranca e come o coração de um soldado inimigo. Está em vídeo
O vídeo abaixo é para almas cujo estômago suporta o horror. 

Ou então não vejam. 

Ali aparece um líder rebelde sírio, chamado Abu Sakkar, um dos fundadores da Brigada Farouq, arrancando e, santo Deus!, comendo o coração de um soldado leal ao governo de Bashar Al Assad. 

E ele o faz diante das câmeras, para o mundo, com um recado: 

“Juro por Deus que vamos comer seus corações e seus fígados, soldados do cão Bashar!”. 

Como, então, quem destrinchasse um porco — ou nem isso, já que esse animal e considerado sujo pelo islamismo —, ele cavouca o peito do soldado que acabara de morrer (ainda não há rigidez cadavérica), arranca o coração e leva à boca. 

A denúncia não é feita por um grupo qualquer. 

Foi tornada pública pela Human Rights Watch. 

Não escrevo com o objetivo de ter razão. 

Tampouco me compraz constatar que minhas piores expectativas às vezes se cumprem. 

Mais de uma vez, expressei aqui meu ceticismo em relação à dita “Primavera Árabe”, cuja existência não reconheço. 

Trata-se de uma invenção da imprensa ocidental, que se dá por mimetismo. 

Tenta-se se ver nesses países movimento semelhante ao que resultou na derrocada comunista. 

É uma besteira. 

Nos países comunistas, não havia apenas democratas — também havia os nacionalismos de caráter até fascistoide —, mas a pressão por democracia era e é real. 

Nos países árabes, infelizmente, esse é um desejo que se manifesta do lado de cá, nas democracias ocidentais, não do lado de lá. 

A exceção jamais fará a regra.

No dia 19 de julho de 2012, escrevi um post intitulado “Por que não me entusiasmo com os ‘democratas’ da Síria. Um trecho, em azul, diz o seguinte:

Conheço, já contei aqui, famílias sírias no Brasil que têm parentes em seu país de origem. 

Desde o começo do levante, relatam a espantosa violência dos insurgentes. 

Como Assad é um ditador, suas versões sobre os fatos, e não por maus motivos, sempre caem no descrédito. 

Mas o fato é que também os que se opõem ao governo recorrem a execuções sumárias, ações terroristas, barbárie. 

Não vou abrir meus braços para essa gente e saudar: 

“Bem-vinda à democracia!”.

Mais: a Síria é uma espécie de síntese ou emblema de todas as questões que têm se mostrado até agora insolúveis no Oriente Médio, a começar de sua própria composição interna. 

Os Assad pertencem à minoria alauíta — 10% da população —, um ramo do xiismo odiado, igualmente, pela maioria sunita e pelos xiitas. 

 São hoje parte da elite dirigente do país. 

A chance de que essa e outras minorias — como a cristã, por exemplo — venham a ser esmagadas é grande. 

E isso pode se dar sob o silêncio cúmplice da imprensa ocidental, a exemplo do que se verifica no Egito. 

O assassinato de cristãos naquele país “democrático” se tornou corriqueiro. 

Estão sendo expulsos de suas propriedades. 

As igrejas estão sendo incendiadas. 

Nada disso é notícia!

Retomo.

Fui acusado, claro!, de distorcer os fatos a partir da experiência pessoal, de querer igualar desigualdades, de não reconhecer o lado bom da história. 

Qual lado bom? 

Eis aí. 

Extremistas como o canibal que aparece acima ganharam uma importância enorme na “luta”. 

A Al Qaeda comanda boa parte da resistência armada. 

Essa gente está a serviço de uma espécie de governo sírio na oposição, cuja existência foi reconhecida pela União Europeia e pelos EUA.

É claro que Assad é um tirano asqueroso. 

A questão é saber até onde se pode ir para apeá-lo do poder.

No texto cujo link vai acima, escrevi ainda:

Nego-me a me comportar como o Foucault de Higienópolis, entenderam.

 [Nota: Foucault se encantou com a revolução iraniana]? 

Assad é um assassino asqueroso, como era o xá Reza Pahlev, no Irã. 

Vejam lá a maravilha de democracia e tolerância em que se transformou o país dos aiatolás… 

Os métodos a que aderiram os insurgentes sírios não me animam, e não vejo uma trilha virtuosa caso cheguem ao poder — o que parece, a esta altura, inevitável. 

De resto, entendo que o Oriente Médio e a África islâmica passam, infelizmente, é por um processo de “desocidentalização”, não o contrário.


Por Reinaldo Azevedo

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