“Vinde, edifiquemos para nós uma cidade… e façamos para nós um nome” (Gn 11.4).
“Porque não temos aqui uma cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.14).
A
palavra “utopia” foi criada por Thomas Morus, como descrevendo uma
sociedade perfeita, onde governantes e governados viviam na mais
perfeita harmonia, todos eram felizes, em uma completa ausência de
conflitos internos.
Tem este sido o sonho de inúmeros pensadores e
líderes ao longo da História:
Construir o paraíso aqui e agora, banir o
mal da sociedade humana e edificar um mundo o mais perfeito possível,
onde ele possa viver para sempre desfrutando de completa felicidade.
Não
há nada demais neste sonho.
Este também é o desejo de Deus para raça
humana, este sempre foi o seu propósito.
Banir o mal e estabelecer
justiça eterna é um conceito inteiramente bíblico, presente em quase
todos os profetas.
“Para cessar a transgressão, e para dar fim aos
pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a
visão e a profecia..” . (Dn 9.24).
Realmente, é quase impossível
não indignar-se diante do mal do mundo e desejar removê-lo para sempre.
Fome, doença, morte, injustiça social, miséria, desigualdade – estes são
apenas alguns dos inúmeros pontos que tem incomodado aos homens e os
tem levado a imaginar os meios para minorá-los ou exterminá-los.
A
questão aqui envolvida não é se o nosso universo precisa de uma
transformação ou não, mas sim em como essa transformação será feita pelo
próprio homem e se este tem poder para realizá-la ou ainda, até que
ponto pode fazê-la.
Não poucos no curso da História, empunharam a
bandeira do poder humano para transformar o mundo.
Platão, por exemplo,
teve chance de tornar realidade as teorias de sua “República”, mas
falhou completamente e foi vendido como escravo.
“Os filósofos
anteriores a mim tentaram explicar o mundo.
Eu quero é transformá-lo”,
dizia Marx.
Mais de um século se passou e o saldo prático da aplicação
de sua doutrina também foi negativo.
Sem dúvida que boas idéias e
intenções melhoraram o mundo.
Mas nada que o homem tenha feito ou fará, a
de mudá-lo em sua essência.
Precisamos de algo maior e mais
forte, que venha do alto e de Deus.
Algo que até agora o homem não tenha
concebido, nem mesmo em seus melhores sonhos, pois será algo novo
realmente.
“Aquilo que o olho não viu e o ouvido não ouviu e não subiu
ao coração do homem, é o que Deus tem preparado para aquele que o ama”
(1 Co 2.9).
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