Um artigo publicado no jornal palestino “Al-Hayat Al-Jadida” afirma
que os palestinos “são descendentes de Jesus, nascidos das cinzas como
uma Phoenix a partir das ruínas da Nakba [a "catástrofe", ou seja, a
independência de Israel na retórica palestina] e Naksa [vitória de
Israel na Guerra dos Seis Dias].
De acordo com o site Noticia Cristiana, a publicação afirma que a
festa cristã da Páscoa deve ser considerada não só como “uma celebração
dos cristãos palestinos, mas de todos os palestinos, porque Jesus é um
cananeu palestino”.
Com o sugestivo título “A ressurreição de Jesus, a ressurreição do
Estado”, o texto expressa o posição política de que Jesus e a Autoridade
Palestina são um só e estão sempre juntos.
- A ressurreição de Jesus reflete a história da luta dos palestinos
contra os judeus descendentes sionistas, que conspiram com os países
capitalistas ocidentais e dizem que ainda pertencem ao mundo cristão –
declara um trecho do artigo.
Um site pró-Israel denunciou o artigo, acusando-o de falsificar dados
históricos, destacando, entre outras coisas, que o profeta Maomé
pregava o Islã nos séculos VI-VII.
Além disso, de acordo com a
publicação israelense Palestinian Media Watch, os palestinos começaram a
reescrever a história a partir de 1990, ano em que publicou o trabalho
do historiador e professor Yosef Al Amil, que tem como objetivo
questionar os laços históricos dos judeus contemporâneos com a Terra
Santa e pôr em dúvida a existência do Estado judeu.
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