O Vaticano apresentou um relatório à ONU no qual relata que a
perseguição e o fanatismo religioso causam a morte de 100 mil cristãos
todo ano.
O relatório foi apesentado por Silvano Maria Tomasi,
embaixador do Vaticano, e detalha que as regiões mais críticas são a
África, Oriente Médio e Ásia.
- Os números parecem muito altos, mas são todos comprovados –
explicou o monsenhor Tomasi, em entrevista ao Estadão.
Ele disse ainda
que a situação é “muito grave para muitos cristãos”.
- Temos de falar sobre esse assunto.
Não se pode deixar que essa realidade seja esquecida – completou Tomasi.
Desde o início do pontificado do papa Francisco, o Vaticano vem
trabalhando com objetivo de construir pontes entre religiões, mas também
reforçar a precária situação vivida pelos cristãos em várias regiões.
Monsenhor Tomasi afirmou ainda que a perseguição a cristãos é
“resultado do fanatismo, intolerância, terrorismo e de leis
discriminatórias”.
Segundo o relatório, as regiões de maioria islâmica
seriam as mais preocupantes.
Além das mortes, há ameaças constantes
sobre diversas comunidades.
- Muitos são obrigados a deixar suas casas e regiões e estão vendo a
destruição de seus locais de culto, violações, violência e o sequestro
de seus líderes – detalhou o representante do Vaticano, lembrando dos
ataques a religiosos na cidade síria de Alepo, e denunciando a violação
de liberdade religiosa e ataques sistemáticos às comunidades,
principalmente na África, Ásia e Oriente Médio.
- Não são os governos que estão cometendo (os crimes).
São grupos
privados e comunidades.
Mas a realidade é que governos não atuam, pois
precisam de votos.
Além disso, a Justiça em vários desses países é
frágil e não protege essa população – detalhou o embaixador do Vaticano.
O Vaticano já denunciou também, através do Papa Francisco, à situação
de cristãos na China, alvo de perseguição.
Segundo o líder máximo da
Igreja Católica, tal situação é “crítica”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário