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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Perseguição religiosa causa morte de 100 mil cristãos a cada ano, afirma Vaticano.

Perseguição religiosa causa morte de 100 mil cristãos a cada ano, afirma Vaticano

O Vaticano apresentou um relatório à ONU no qual relata que a perseguição e o fanatismo religioso causam a morte de 100 mil cristãos todo ano. 

O relatório foi apesentado por Silvano Maria Tomasi, embaixador do Vaticano, e detalha que as regiões mais críticas são a África, Oriente Médio e Ásia.

- Os números parecem muito altos, mas são todos comprovados – explicou o monsenhor Tomasi, em entrevista ao Estadão. 

Ele disse ainda que a situação é “muito grave para muitos cristãos”.

- Temos de falar sobre esse assunto. 

Não se pode deixar que essa realidade seja esquecida – completou Tomasi.

Desde o início do pontificado do papa Francisco, o Vaticano vem trabalhando com objetivo de construir pontes entre religiões, mas também reforçar a precária situação vivida pelos cristãos em várias regiões.

Monsenhor Tomasi afirmou ainda que a perseguição a cristãos é “resultado do fanatismo, intolerância, terrorismo e de leis discriminatórias”. 

Segundo o relatório, as regiões de maioria islâmica seriam as mais preocupantes. 

Além das mortes, há ameaças constantes sobre diversas comunidades.

- Muitos são obrigados a deixar suas casas e regiões e estão vendo a destruição de seus locais de culto, violações, violência e o sequestro de seus líderes – detalhou o representante do Vaticano, lembrando dos ataques a religiosos na cidade síria de Alepo, e denunciando a violação de liberdade religiosa e ataques sistemáticos às comunidades, principalmente na África, Ásia e Oriente Médio.

- Não são os governos que estão cometendo (os crimes). 

São grupos privados e comunidades. 

Mas a realidade é que governos não atuam, pois precisam de votos. 

Além disso, a Justiça em vários desses países é frágil e não protege essa população – detalhou o embaixador do Vaticano.

O Vaticano já denunciou também, através do Papa Francisco, à situação de cristãos na China, alvo de perseguição. 

Segundo o líder máximo da Igreja Católica, tal situação é “crítica”.


Por Dan Martins

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